A Tailândia está confiante em sua capacidade de negociar tarifas com os Estados Unidos e obter os melhores benefícios possíveis para sua relação comercial, conforme declarou o ministro do Comércio do país, Pichai Naripthaphan. As discussões, que deveriam ter começado esta semana, foram adiadas após os EUA solicitarem a revisão de questões como a estrutura tarifária tailandesa. Apesar do atraso, o governo tailandês espera que um acordo seja alcançado em breve, reforçando a expectativa de que as exportações do país cumpram ou superem a meta de crescimento de 2% a 3% este ano.
A economia tailandesa, uma das mais afetadas pelas políticas tarifárias do ex-presidente Donald Trump, enfrenta desafios significativos, como uma taxa potencial de 36% sobre seus produtos nos EUA caso não haja um acordo antes do fim da pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas. No ano passado, os EUA foram o principal destino das exportações da Tailândia, com embarques totalizando US$ 55 bilhões. O ministro destacou ainda o compromisso do país em manter boas relações tanto com os EUA quanto com a China, equilibrando suas parcerias estratégicas.
Enquanto as negociações avançam, há expectativas de que a Tailândia possa ocupar parte do espaço deixado por produtos chineses no mercado americano, aproveitando a possível desaceleração da guerra comercial entre as duas potências. Autoridades dos EUA demonstraram satisfação com as medidas tailandesas para combater a evasão de tarifas, sinalizando um cenário mais favorável para futuros acordos. O clima geral é de otimismo, com a perspectiva de que os conflitos tarifários continuem a se desescalar, abrindo caminho para novos entendimentos comerciais.