O ministro do Comércio da Tailândia, Pichai Naripthaphan, afirmou que o país eventualmente conseguirá negociar tarifas e obter os melhores benefícios possíveis em sua relação comercial com os Estados Unidos. As negociações, que deveriam começar esta semana, foram adiadas após pedido de Washington para revisão de questões como a estrutura tarifária tailandesa. Naripthaphan expressou esperança de que um acordo seja alcançado em breve, destacando que as exportações do país cresceram 15% no primeiro trimestre e devem superar a meta anual de 2% a 3%.
A Tailândia, segunda maior economia do Sudeste Asiático, foi uma das mais afetadas pelas tarifas recíprocas impostas durante o governo Trump. Produtos tailandeses enfrentam uma taxa de 36% para entrar nos EUA, a menos que haja uma redução negociada antes do fim da pausa de 90 dias, em julho. Os Estados Unidos foram o maior mercado de exportação do país em 2023, com embarques no valor de US$ 55 bilhões, segundo dados da Reuters.
O ministro reforçou que a Tailândia manterá boas relações tanto com os EUA quanto com a China, aproveitando oportunidades para substituir parte das exportações chinesas no mercado americano. Autoridades dos EUA demonstraram satisfação com as medidas tailandesas para combater desvios comerciais. A expectativa é que a guerra comercial continue a se desescalar, culminando em acordos benéficos para ambos os lados.