Em um experimento para combater o “brain rot” — a dificuldade de concentração após longos períodos no celular — um repórter testou o Light Phone III, um dispositivo minimalista que prioriza funções básicas, como chamadas e mensagens, sem distrações como redes sociais ou navegador. Durante uma semana, o aparelho trouxe momentos de maior atenção ao entorno e menos ansiedade, mas também revelou limitações práticas em um mundo dependente de smartphones. Problemas como acessar transportes públicos, entrar na academia ou resolver tarefas cotidianas mostraram como a sociedade está profundamente integrada a tecnologias mais avançadas.
Text: O Light Phone, desenvolvido por uma startup de Nova York, custa US$ 600 e foi elogiado por alguns usuários por reduzir o estresse e aumentar a produtividade. No entanto, a falta de recursos essenciais, como e-mail, aplicativos de transporte e até mesmo uma câmera de qualidade, tornou a experiência frustrante em situações do dia a dia. O repórter comparou o uso do dispositivo ao “glamping” — pagar caro por uma versão artificialmente limitada da realidade — e questionou sua viabilidade como telefone principal para a maioria das pessoas.
Text: Apesar das críticas, o CEO da Light reconhece que o aparelho não é para todos, mas destaca seu potencial como telefone secundário ou para pais que desejam limitar o acesso de filhos a distrações digitais. A empresa planeja adicionar funcionalidades como pagamentos móveis e integração com serviços de transporte, mas a experiência do repórter sugere que, por enquanto, a desconexão total pode ser mais um incômodo do que uma solução. O artigo reforça a complexidade de equilibrar simplicidade tecnológica e as demandas do mundo moderno.