A Tesla reportou uma queda significativa em seus lucros no primeiro trimestre de 2025, com um resultado líquido de US$ 934 milhões, recuando 39% em comparação anual. O lucro ajustado por ação ficou em US$ 0,27, abaixo das expectativas do mercado, que previam US$ 0,41. A receita total também diminuiu 9%, para US$ 19,3 bilhões, pressionada principalmente pela queda de 20% nas vendas automotivas, seu principal negócio. A empresa atribuiu parte do desempenho às incertezas nos mercados automotivo e de energia, além de impactos na cadeia de suprimentos globais.
Apesar dos desafios, a Tesla apresentou indicadores financeiros positivos, como um aumento de 126% no fluxo de caixa livre, alcançando US$ 664 milhões, impulsionado por uma forte geração de caixa das operações (alta de 791%). O caixa total subiu 38%, para US$ 36,9 bilhões, enquanto os investimentos (Capex) caíram 46%. Outro destaque foi a receita de US$ 595 milhões proveniente de créditos de carbono vendidos a outras montadoras, um crescimento expressivo em relação ao ano anterior.
O trimestre foi marcado por uma queda de 13% nas entregas globais de veículos, reflexo de fatores externos, incluindo reações negativas de consumidores a questões políticas associadas à empresa. Protestos nos EUA e na Europa afetaram algumas operações, mas as ações da Tesla subiram levemente no after hours. A companhia mantém resiliência financeira, mesmo diante de um cenário desafiador para o setor.