As vendas da Tesla caíram para o menor nível em três anos, com a empresa entregando cerca de 337 mil veículos no primeiro trimestre de 2025, uma redução de 13% em relação ao mesmo período de 2024. A queda foi atribuída pela empresa à transição para uma nova versão de seu modelo mais popular, mas analistas apontam que fatores externos, como a crescente concorrência da chinesa BYD e a atuação polêmica de seu CEO em cargos governamentais, podem ter influenciado o desempenho. A divulgação dos números impactou negativamente as ações da companhia, que já perderam mais de 25% do valor desde o início do ano.
Especialistas e investidores criticam o envolvimento excessivo do executivo-chefe em atividades políticas, o que estaria afetando a imagem e os resultados da Tesla. Protestos e boicotes contra a marca foram registrados em vários países, incluindo vandalizações em concessionárias. Além disso, fundos de pensão e controladorias públicas, como a de Nova York, expressaram preocupação com as perdas financeiras ligadas à desvalorização das ações da empresa, chegando a considerar ações judiciais para proteger seus investimentos.
A Tesla afirmou que os números divulgados não refletem necessariamente seu desempenho financeiro completo, que será detalhado em um relatório no final de abril. Enquanto isso, a suspensão temporária da produção do Model Y e as incertezas sobre o futuro da empresa no mercado de veículos elétricos aumentam a pressão sobre a liderança. Analistas destacam que a recuperação da confiança dos investidores e consumidores dependerá de uma mudança estratégica, com menos exposição a controvérsias políticas e mais foco em inovação e competitividade.