A Tesla divulgou seus piores resultados trimestrais em quatro anos, com queda de 9% nas vendas e 71% no lucro, impactados pela redução de 20% na receita automotiva. Apesar disso, as ações da empresa subiram 9% após o anúncio de que o CEO se dedicaria mais à montadora, afastando-se parcialmente de projetos governamentais. No entanto, analistas alertam que os problemas da Tesla—como margens menores, concorrência acirrada e desgaste de marca—persistem, e a falta de inovação em modelos novos preocupa o mercado.
A empresa enfrenta pressão adicional com as tarifas impostas pelo governo dos EUA, especialmente sobre baterias importadas da China, que afetarão seu lucrativo setor de energia. Enquanto isso, a concorrência de montadoras chinesas e tradicionais avança, reduzindo a participação da Tesla no mercado de veículos elétricos de 75% para 43% em três anos. A aposta em tecnologias futuras, como robotáxis e robôs humanoides, é vista com ceticismo, já que a companhia ainda não demonstrou capacidade para liderar nessas áreas.
Investidores criticam a falta de um plano claro para reverter a queda nas vendas, especialmente com a ausência de um sucessor para os modelos Model Y e Model 3. A estratégia de relançar versões mais baratas, em vez de novos designs, é considerada insuficiente para competir no longo prazo. Enquanto isso, a imagem da marca continua a sofrer devido a fatores externos, levantando dúvidas sobre a capacidade de recuperação da Tesla em um cenário cada vez mais desafiador.