O terremoto de magnitude 7,7 que atingiu Mianmar em 28 de março já causou 3.417 mortes, segundo a mídia estatal do país. Além dos mortos, mais de 4.600 pessoas ficaram feridas e 214 continuam desaparecidas. As equipes de resgate enfrentam dificuldades devido às fortes chuvas que atingiram a região, complicando as buscas por sobreviventes. Agências humanitárias alertam para o risco de epidemias, como cólera, entre os desabrigados, que enfrentam condições precárias com chuvas e calor extremo.
Países vizinhos, como China, Índia e nações do Sudeste Asiático, enviaram ajuda emergencial, enquanto os EUA anunciaram um aporte de US$ 9 milhões. No entanto, relatos indicam que a redução de programas de assistência externa dos EUA nos últimos anos prejudicou a eficácia da resposta. Na Tailândia, o tremor causou 24 mortes, incluindo 17 em um desabamento de um prédio em construção em Bangcoc.
A crise humanitária em Mianmar é agravada pela instabilidade política desde o golpe militar de 2021, que deixou serviços básicos fragilizados. Apesar de um cessar-fogo recente, há denúncias de violações por parte da junta governante, incluindo restrições à ajuda humanitária e ataques a civis em regiões opositoras. A ONU estima que mais de 3 milhões de pessoas foram deslocadas pela guerra civil, com um terço da população dependendo de assistência urgente.