Autoridades dos Estados Unidos e do Irã se reuniram neste sábado (12) em Omã para discutir um possível acordo nuclear, em meio a crescentes tensões entre os dois países. O encontro ocorre após trocas de ameaças públicas, com os EUA pressionando o Irã a abandonar seu programa nuclear e Teerã insistindo em seu direito a atividades pacíficas. O diálogo foi mediado por Omã, com representantes de ambos os lados buscando evitar uma escalada militar, embora o presidente norte-americano tenha reiterado que não descarta o uso da força se as negociações fracassarem.
O governo iraniano afirmou estar disposto a um “acordo real e justo”, mas alertou que medidas mais duras podem ser tomadas caso as ameaças persistam, incluindo a possível expulsão de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Enquanto isso, os EUA insistiram que o Irã não pode desenvolver armas nucleares e que manterão sanções até que haja garantias concretas. A ONU avalia que o país está próximo de capacidades nucleares avançadas, embora Teerã negue qualquer intenção bélica.
A situação permanece delicada, com declarações recentes sugerindo que Israel poderia liderar um ataque ao Irã se as negociações não avançarem. Analistas temem que a expulsão dos inspetores da AIEA ou um ataque militar possam desencadear uma crise maior no Oriente Médio. O resultado das conversas em Omã será crucial para definir os próximos passos, mas, por enquanto, a desconfiança mútua e a retórica inflamada continuam dominando o cenário.