Autoridades dos Estados Unidos e do Irã se reuniram neste sábado (12) em Omã para discutir um possível acordo nuclear, em meio a crescentes tensões e trocas de ameaças entre os dois países. Os EUA buscam convencer o Irã a interromper seu programa nuclear, alegando preocupações com o desenvolvimento de armas atômicas, enquanto Teerã insiste que suas atividades têm fins pacíficos. O encontro foi mediado por Omã, com representantes de ambos os lados tentando evitar um colapso nas negociações, que poderia levar a um conflito aberto.
O governo iraniano afirmou estar disposto a buscar um “acordo real e justo”, mas alertou que responderá a qualquer agressão. Por outro lado, os EUA reiteraram sua posição de que o Irã não pode possuir armas nucleares e ameaçaram ações militares, inclusive com possível envolvimento de aliados regionais, caso as conversas fracassem. A expulsão de inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) foi mencionada pelo Irã como uma medida potencial, o que foi classificado pelos EUA como uma escalada perigosa.
O impasse reflete anos de desconfiança mútua, agravada pela saída dos EUA do acordo nuclear de 2015 e pela retomada de sanções econômicas contra o Irã. Enquanto Teerã pede garantias de que não será alvo de ataques, Washington exige transparência total sobre as atividades nucleares iranianas. O resultado das negociações em Omã pode definir não apenas o futuro das relações bilaterais, mas também a estabilidade em uma região já marcada por conflitos.