O secretário de Defesa americano criticou a influência da China na América do Sul e Central, referindo-se à região como “quintal dos Estados Unidos”. Durante entrevista, ele afirmou que a China expandiu sua presença por meio de acordos de infraestrutura e vigilância, enquanto os EUA buscariam recuperar sua influência. O Panamá, pressionado pelos americanos, concordou em permitir a presença temporária de tropas dos EUA em áreas próximas ao canal, mas rejeitou a ideia de uma base militar permanente.
A visita do secretário ao Panamá ocorreu após declarações do presidente americano, que alegou que o país paga valores excessivos pelo uso do canal e acusou a China de interferir em suas operações. Hegseth destacou preocupações com empresas chinesas que controlam infraestruturas críticas, argumentando que isso representaria riscos à segurança e soberania. Enquanto isso, um consórcio de Hong Kong que administra portos no canal está em processo de venda para um grupo que inclui investidores americanos.
A China rebateu as acusações, negando interferência e acusando os EUA de usar chantagem para promover seus interesses. A embaixada chinesa no Panamá questionou quem seria a verdadeira ameaça à região, em resposta às declarações do secretário de Defesa. O embate reflete as crescentes tensões geopolíticas em torno do controle de uma das rotas comerciais mais estratégicas do mundo.