Tensões entre política monetária e tarifas acentuam divergências nos EUA

Rafael Barbosa
Tempo: 2 min.

O presidente dos Estados Unidos voltou a criticar publicamente a condução da política monetária do país, afirmando que o chefe do Federal Reserve está “sempre atrasado e errado” em suas decisões. A declaração ocorre um dia após o presidente do Fed expressar preocupações com o impacto das tarifas comerciais sobre a inflação e o crescimento econômico. Enquanto o governo defende que as medidas tarifárias enriquecem o país, o banco central alerta para os riscos de aumento de preços e desaceleração da atividade.

As taxas de juros nos EUA permanecem em patamares elevados, entre 4,25% e 4,50% ao ano, uma estratégia do Fed para conter a inflação. No entanto, o presidente do banco central sinalizou que pode manter os juros estáveis na próxima reunião, aguardando maior clareza sobre os efeitos das tarifas. Especialistas temem que o encarecimento de insumos e produtos pressione os preços ao consumidor, reduzindo o poder de compra e afetando o crescimento econômico.

Enquanto o Fed adota uma postura cautelosa, o governo insiste na necessidade de cortes imediatos nas taxas de juros, comparando a política monetária americana com a do Banco Central Europeu. A divergência reflete visões opostas sobre os rumos da economia, com o banco central priorizando o controle inflacionário e o governo enfatizando o estímulo ao crescimento. O impasse deve permanecer até que os efeitos concretos das tarifas e da política monetária se tornem mais evidentes.

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