O agravamento das tensões comerciais entre a União Europeia (UE) e os Estados Unidos tem levado o bloco europeu a buscar novos parceiros, intensificando a pressão para a aprovação do acordo com o Mercosul. Alemanha, Espanha e Portugal defendem a ratificação do tratado, argumentando que ele é crucial em um cenário global incerto. No entanto, a França mantém resistência, preocupada com os impactos no setor agrícola, enquanto outros países, como Polônia e Áustria, demonstram reservas ou hesitação.
A Alemanha, principal economia da UE, tem pressionado por uma conclusão rápida do acordo, destacando a necessidade de acesso a novos mercados. Enquanto isso, a França enfrenta divergências internas, com o Banco Central do país alertando para os benefícios do tratado diante das tarifas americanas. A Comissão Europeia busca equilibrar os interesses, prometendo apresentar um texto revisado ainda neste ano, mas o impasse persiste.
O processo de ratificação depende agora de revisões jurídicas e traduções, com a Dinamarca assumindo a presidência rotativa da UE no segundo semestre, quando o tema deve retornar à pauta. Enquanto isso, a disputa reflete a complexidade de alinhar interesses econômicos divergentes em um momento de transformação no comércio global.