O secretário do Tesouro dos EUA afirmou que as altas tarifas impostas entre Estados Unidos e China não são sustentáveis, sinalizando uma possível abertura para reduzir a escalada da guerra comercial. As tarifas atuais, que chegam a 145% sobre produtos chineses e 125% sobre norte-americanos, foram comparadas a um embargo, com Bessent destacando que uma ruptura comercial não beneficiaria nenhum dos lados. Embora não haja confirmação de negociações imediatas, relatos sugerem que a Casa Branca estuda cortar as tarifas para até 50%, o que trouxe alívio aos mercados financeiros.
Apesar do otimismo, as tarifas mesmo reduzidas ainda poderiam impactar significativamente o comércio bilateral, com empresas como a Hapag-Lloyd relatando cancelamentos de 30% dos embarques da China para os EUA. Enquanto isso, conversas paralelas sobre o combate ao fentanil não avançaram, e outras medidas protecionistas, como tarifas sobre aço e alumínio, continuam a gerar incertezas. O Fundo Monetário Internacional alertou que essas políticas podem frear o crescimento global e aumentar a dívida, com dados mostrando desaceleração na atividade comercial dos EUA.
A União Europeia e outros países também buscam negociar para evitar medidas retaliatórias, com a UE ameaçando contra-tarifas se não houver acordo até julho. O clima de incerteza mantém os mercados em alerta, embora a perspectiva de diálogo tenha impulsionado os índices acionários. Analistas destacam que o terceiro trimestre pode trazer clareza sobre o rumo das tarifas, mas o cenário ainda depende da disposição de ambas as potências em encontrar um equilíbrio.