A China pediu aos Estados Unidos que cessem as ameaças e chantagens, após a Casa Branca transferir a Pequim a responsabilidade de iniciar negociações para desacelerar a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Lin Jian, reiterou que o país não tem medo de lutar, mas prefere resolver o conflito por meio de diálogo, desde que baseado em igualdade e respeito mútuo. Enquanto isso, os EUA mantêm tarifas elevadas sobre produtos chineses, que chegam a 245% em alguns casos, alegando desequilíbrios comerciais e o fluxo de fentanil.
As medidas tarifárias já começaram a afetar as economias globais, com previsões da Organização Mundial do Comércio (OMC) indicando uma possível queda de 1,5% no volume de comércio mundial em 2025. Bolsas de valores, como Nasdaq e S&P 500, registraram quedas significativas, enquanto empresas como a Nvidia e a Shein anunciaram impactos diretos em seus negócios. Apesar disso, a China apresentou crescimento de 5,4% no primeiro trimestre, embora autoridades reconheçam pressões externas.
Outros países também foram afetados pelas políticas comerciais dos EUA, que concederam prazos para negociações antes da aplicação total das tarifas. Japão, União Europeia e México estão entre os que buscam acordos para evitar maiores danos. Enquanto isso, a China retaliou com medidas como a suspensão de importações de aviões da Boeing e restrições à carne bovina americana. O cenário permanece incerto, com economistas alertando para riscos de recessão global caso as tensões persistam.