As relações entre China e Estados Unidos atingiram um novo nível de tensão após uma troca de críticas e medidas tarifárias. Um alto funcionário chinês em Hong Kong respondeu a declarações do vice-presidente norte-americano, que havia se referido aos chineses como “camponeses”, classificando o comentário como ignorante e desrespeitoso. Em discurso televisionado, o representante chinês afirmou que as tarifas impostas pelos EUA, que chegam a 145%, são “brutalmente irracionais” e ameaçam a economia de Hong Kong.
A guerra tarifária entre as duas maiores economias do mundo se intensificou na última semana, com ambos os lados impondo taxas adicionais sobre importações. Os EUA anunciaram tarifas de até 50% sobre produtos chineses, enquanto a China retaliou com medidas semelhantes. Pequim afirmou estar disposta a negociar, mas exigiu que Washington adote uma postura de “igualdade e respeito mútuo”. A China também alertou a Organização Mundial do Comércio (OMC) sobre os riscos de desestabilização do comércio global.
Apesar das isenções concedidas pelos EUA a alguns produtos eletrônicos, a maioria das exportações chinesas ainda enfrenta tarifas elevadas. O Ministério do Comércio da China pediu que os Estados Unidos “corrijam seus erros” e eliminem completamente as tarifas, destacando a necessidade de diálogo. O impasse continua, com ambos os lados mantendo posições firmes, enquanto o mercado global acompanha com preocupação os desdobramentos.