A escalada da guerra comercial entre Estados Unidos e China mantém os mercados em alerta, com investidores reagindo às novas tarifas que podem chegar a 245% sobre produtos chineses. A restrição das exportações da Nvidia para a China, exigindo licenças para o chip H20, intensificou a aversão ao risco, derrubando as ações da empresa em 6,8% e pressionando os índices de Wall Street. No Brasil, o Ibovespa acompanhou o tom negativo, fechando em queda de 0,71%, enquanto o dólar surpreendeu com uma desvalorização de 0,41%, contrariando o movimento típico em momentos de incerteza. Analistas alertam que as medidas protecionistas podem impactar o comércio global e adiar a flexibilização monetária nos EUA.
Enquanto isso, os investidores se voltam para os próximos dados econômicos, como os Indicadores Econômicos Selecionados e o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR) no Brasil, além dos pedidos de seguro-desemprego e licenças de construção nos EUA. A temporada de balanços também está em foco, com a Netflix divulgando seus resultados após o fechamento do mercado, onde se espera um lucro de US$ 2,48 bilhões. No cenário político, a China prepara uma reunião no Conselho de Segurança da ONU para criticar as tarifas americanas, acusando os EUA de violar regras comerciais e prejudicar a economia global.
No plano doméstico, o governo brasileiro enfrenta desafios fiscais, com projeções indicando falta de recursos para cumprir os pisos mínimos em saúde e educação até 2027. Além disso, o Tesouro alerta para o aumento do risco no financiamento da dívida pública, com 62,1% dela vinculada à Selic. Em meio aos feriados da Sexta-Feira da Paixão e Tiradentes, as agências bancárias permanecerão fechadas, com operações retomando na terça-feira. O STF, por sua vez, suspendeu processos sobre pejotização até decidir sobre a legalidade da prática, gerando impacto em empresas e trabalhadores.