A semana começou com nervosismo nos mercados globais, impulsionado pela escalada das tensões comerciais entre Estados Unidos e China. O dólar disparou no Brasil, fechando a R$ 5,9107, maior valor desde fevereiro, enquanto o Ibovespa registrou sua terceira queda consecutiva, recuando 1,31%. Analistas alertam que, caso o índice perca o suporte de 118.500 pontos, pode entrar em tendência de baixa no médio e longo prazo, com risco de cair para 100 mil pontos.
A decisão dos EUA de impor tarifas de importação e as ameaças de Donald Trump de aumentar taxas sobre produtos chineses ampliaram a aversão ao risco, afetando especialmente moedas de economias emergentes, como o real. Momentos de alívio, como a especulação sobre uma pausa nas tarifas, foram rapidamente desmentidos, reforçando a volatilidade. Petrobras e Vale estiveram entre as ações mais pressionadas, refletindo preocupações com combustíveis e minério de ferro, enquanto bancos e varejo tiveram desempenho misto.
Com o dólar forte e os juros futuros em alta, o cenário segue desafiador para os investidores. Enquanto isso, o mercado aguarda novos desdobramentos da guerra comercial, que pode definir os rumos da economia global nos próximos meses. O clima de incerteza deve persistir, com atenção redobrada aos próximos anúncios de políticas comerciais e suas repercussões nos preços de ativos.