Nos últimos dias, o presidente dos Estados Unidos voltou a criticar publicamente o comando do Federal Reserve (Fed), expressando insatisfação com a manutenção das taxas de juros. Em declarações na Casa Branca e em redes sociais, ele sugeriu que a demissão do atual presidente do banco central poderia ser iminente, acusando-o de incompetência. No entanto, a remoção do cargo não seria simples, pois a legislação americana exige “justa causa” para tal medida, e uma decisão da Suprema Corte de 1935 protege líderes de agências independentes contra demissões políticas.
O mandato do atual presidente do Fed segue até 2026, após sua recondução em 2022. A autonomia da instituição é considerada crucial para a estabilidade econômica, equilibrando o controle da inflação com o crescimento e o emprego. Embora o governo anterior tenha demitido chefes de outras agências independentes, especialistas questionam se a mesma estratégia seria aplicável ao Fed, dado seu estatuto legal específico.
Em resposta às pressões, o presidente do Fed reiterou a independência da instituição, destacando que sua liderança está legalmente protegida. Ele também mencionou estar monitorando um caso na Suprema Corte que pode afetar agências reguladoras, mas expressou confiança de que o Fed permanecerá intocado. O impasse reflete um debate mais amplo sobre o equilíbrio entre política e política monetária, com investidores alertando para os riscos de interferência na credibilidade do mercado.