O governo do Paquistão afirmou nesta quarta-feira (30) possuir informações de inteligência que indicam um possível ataque militar iminente por parte da Índia, em resposta ao atentado ocorrido em 22 de abril na região da Caxemira. O primeiro-ministro indiano teria autorizado suas Forças Armadas a decidirem o momento e os alvos de uma operação militar, acusando o Paquistão pelo ataque, que deixou 26 mortos. Islamabad, por sua vez, nega envolvimento e pede uma investigação neutra, alertando que qualquer agressão resultará em uma resposta decisiva.
A tensão entre os dois países escalou rapidamente, com trocas de tiros na linha de controle da Caxemira e medidas diplomáticas recíprocas, como a expulsão de diplomatas e o fechamento de fronteiras. O Paquistão também anunciou a derrubada de um drone indiano, embora Nova Délhi não tenha comentado o incidente. Autoridades internacionais, incluindo o secretário-geral da ONU e diplomatas dos EUA, pediram moderação para evitar uma escalada com consequências graves.
Especialistas temem uma repetição do cenário de 2019, quando um ataque aéreo indiano foi respondido pelo Paquistão. A Caxemira, dividida desde 1947, continua sendo um ponto de conflito entre os dois países, com grupos rebeldes lutando pela independência ou fusão com o Paquistão. A situação atual, agravada pelo atentado recente, coloca a região em alerta máximo, com preocupações sobre um possível conflito aberto.