O presidente dos Estados Unidos criticou publicamente a Universidade de Harvard, classificando-a como um “lugar que ensina ódio e estupidez” e ameaçando cortar seus recursos federais. A declaração ocorreu após a instituição se recusar a atender exigências do governo, que incluíam medidas contra supostas práticas antissemitas e uma auditoria nas opiniões de alunos e professores. Em resposta, o governo congelou US$ 2,2 bilhões em subsídios, afetando até mesmo pesquisas científicas, como um estudo sobre tuberculose liderado por uma renomada acadêmica.
A universidade, por sua vez, defendeu sua autonomia, afirmando que nenhum governo deve interferir em seu ensino ou contratações. O reitor de Harvard destacou que a instituição já adotou medidas contra o antissemitismo e reforçou seu compromisso com a liberdade acadêmica, garantida pela Constituição. A postura firme foi elogiada por figuras do Partido Democrata, incluindo um ex-presidente, que viu no caso um exemplo de resistência.
O conflito reflete uma disputa mais ampla entre conservadores e universidades de elite, acusadas de viés ideológico. Enquanto Harvard manteve sua posição, outras instituições, como a Universidade de Columbia, aceitaram negociar reformas, embora também tenham reafirmado seus princípios de independência. A situação expõe as tensões entre o poder político e o mundo acadêmico, com implicações para o financiamento e a liberdade de pesquisa nos EUA.