O presidente dos Estados Unidos tem aumentado as críticas ao chefe do Federal Reserve (Fed), pressionando por cortes mais agressivos nas taxas de juros e sugerindo a possibilidade de removê-lo do cargo. Essa situação ocorre em meio a turbulências econômicas e financeiras, agravadas por medidas comerciais recentes. Economistas e investidores temem que um enfraquecimento da independência do Fed possa desestabilizar ainda mais os mercados e ampliar a incerteza econômica.
A independência do Fed é considerada crucial para o controle da inflação, como demonstrado nas décadas de 1970 e 1980, quando decisões políticas influenciaram negativamente a economia. Ex-presidentes do banco central, como Paul Volcker, foram elogiados por medidas impopulares, mas necessárias, que estabilizaram os preços a longo prazo. Uma eventual demissão do atual chefe do Fed poderia provocar quedas nos mercados, aumento nos juros e maior instabilidade financeira.
Legalmente, a questão ainda é incerta. Enquanto especialistas concordam que um presidente não pode demitir um membro do conselho do Fed sem justa causa, há debate sobre a remoção do cargo de presidente. Caso a disputa chegue à Suprema Corte, a decisão poderá redefinir os limites da independência do banco central. Enquanto isso, o Congresso mantém o poder de legislar sobre os objetivos do Fed, reforçando seu papel de fiscalização.