O presidente dos Estados Unidos e o líder ucraniano voltaram a divergir publicamente sobre os esforços para encerrar a guerra na Ucrânia, com foco especial no status da Crimeia, anexada pela Rússia em 2014. O vice-presidente norte-americano reiterou a proposta de paz dos EUA, que inclui o congelamento das linhas de frente atuais e um acordo diplomático de longo prazo, mas destacou que Washington pode se afastar do processo se não houver avanços. Enquanto isso, o governo ucraniano manteve sua posição de não reconhecer a ocupação da Crimeia, afirmando que isso violaria sua Constituição.
As negociações desta quarta-feira em Londres, que incluíam representantes dos EUA, Ucrânia e aliados europeus, foram impactadas pelo cancelamento da participação do secretário de Estado norte-americano, levantando dúvidas sobre o progresso das discussões. Diplomatas envolvidos indicaram que as propostas em debate parecem exigir mais concessões da Ucrânia do que da Rússia, o que tem gerado descontentamento em Kiev. A ausência de uma reunião mais ampla com ministros de relações exteriores destacou as divergências entre as partes sobre como alcançar um cessar-fogo duradouro.
Apesar dos obstáculos, autoridades próximas ao processo afirmaram que houve avanços técnicos substanciais durante as conversas. O governo britânico reforçou seu compromisso com uma solução pacífica, enquanto o líder ucraniano continuou a defender a integridade territorial do país. Enquanto isso, a pressão dos EUA por um acordo rápido aumenta, com o presidente norte-americano sugerindo que Moscou e Kiev poderiam chegar a um entendimento ainda nesta semana.