A crescente tensão comercial entre Estados Unidos e China elevou os temores de uma desaceleração econômica global, impactando a demanda por commodities e as bolsas de valores. O Ibovespa encerrou o dia em queda de 1,32%, após oscilações acentuadas, refletindo a incerteza do mercado. A decisão da China de não retirar tarifas retaliatórias e a resposta dos EUA, com novas sobretaxas, intensificaram o clima de confronto, afetando especialmente setores ligados ao minério de ferro e petróleo, como Vale e Petrobras.
O mercado esperava um diálogo mais conciliatório, mas a escalada de medidas protecionistas gerou volatilidade e pânico. Ações vinculadas à China e commodities sofreram pressão, com destaque para quedas superiores a 5% em papéis como CSN e Vale. Além disso, o setor financeiro também recuou, ampliando o tom negativo na bolsa brasileira. Estratégias de investidores foram revisadas diante do risco de uma guerra comercial prolongada, que pode reduzir o crescimento do comércio internacional e, consequentemente, o PIB global.
Analistas destacam que a disputa na Organização Mundial do Comércio (OMC) e a falta de avanços nas negociações entre as duas maiores economias do mundo mantêm o cenário incerto. Enquanto a China afirma que resistirá “até o fim”, os EUA reforçam medidas punitivas, criando um ciclo de retaliações. O temor de uma desaceleração mais profunda continua a pesar sobre os mercados, com investidores monitorando cada novo desdobramento para ajustar suas posições.