A disputa comercial entre Estados Unidos e China escalou nesta quarta-feira (9), com o aumento das tarifas sobre produtos chineses para 125%, ante os 104% anteriores. Em resposta, a China implementou taxas de 84% sobre importações dos EUA, que entraram em vigor nesta quinta (10). O Ministério do Comércio chinês afirmou que as ações norte-americanas não têm apoio popular e prometeu medidas para proteger sua soberania e interesses, sem ceder a pressões.
O conflito começou com anúncios de tarifas recíprocas no início de abril, quando os EUA impuseram taxas extras de 34% sobre a China, elevando a alíquota total para 54%. Após a retaliação chinesa, os norte-americanos aumentaram as cobranças para 104% e, agora, para 125%. Paralelamente, o governo dos EUA reduziu temporariamente para 10% as tarifas sobre outros países, incluindo o Brasil, em uma “pausa” de 90 dias.
Os mercados reagiram com volatilidade: enquanto as bolsas norte-americanas e asiáticas tiveram altas expressivas após o anúncio da redução temporária, o dólar e os índices brasileiros também oscilaram. O Ibovespa subiu 3,12%, e a moeda norte-americana recuou para R$ 5,84. Apesar da trégua parcial, a guerra comercial continua acirrada, com ambos os lados mantendo posições firmes.