A disputa comercial entre Estados Unidos e China escalou nesta quinta-feira (10), com a imposição de tarifas recíprocas ainda mais altas. O governo norte-americano elevou para 125% as taxas sobre produtos chineses, em resposta aos 84% aplicados pela China sobre importações dos EUA. O Ministério do Comércio chinês afirmou que não recuará diante das medidas e tomará ações para proteger seus interesses, destacando que as medidas visam também defender a equidade internacional.
A sequência de retaliações começou no início de abril, quando os EUA anunciaram tarifas de até 50% sobre diversos países, incluindo a China. O país asiático respondeu com aumentos progressivos, levando a uma escalada rápida. Paralelamente, o governo norte-americano reduziu para 10% as taxas sobre outras nações por 90 dias, em uma tentativa de aliviar tensões globais.
Os mercados reagiram com volatilidade: enquanto as bolsas dos EUA tiveram altas expressivas após o anúncio da pausa nas tarifas gerais, os índices asiáticos e europeus sofreram quedas anteriores. No Brasil, o dólar cedeu e a bolsa subiu, refletindo o alívio temporário. A situação, no entanto, segue incerta, com a China reiterando sua disposição para retaliar caso as medidas persistem.