A China ameaçou adotar contramedidas decisivas em resposta à proposta dos EUA de impor tarifas adicionais de 50% sobre produtos chineses. O Ministério do Comércio chinês classificou a medida como infundada e unilateral, afirmando que as ações retaliatórias do país visam proteger seus direitos e interesses, além de manter a ordem no comércio internacional. O comunicado destacou que a China não aceitará pressões e está preparada para responder com firmeza caso os EUA insistam na escalada de tarifas.
O anúncio ocorreu após declarações nas redes sociais, nas quais foi dado um ultimato à China para retirar suas tarifas de retaliação até o dia 8 de abril, sob ameaça de novas sobretaxas. Horas depois, foi estabelecido um prazo mais curto, com a exigência de uma resposta até o meio-dia do dia seguinte. Além disso, foi mencionado o encerramento das negociações com a China sobre tarifas, enquanto conversas com outros países seriam iniciadas imediatamente.
Os mercados globais reagiram com forte volatilidade, registrando quedas acentuadas nas bolsas asiáticas e europeias. Em Hong Kong, o índice despencou mais de 13%, enquanto na Europa, o Euro Stoxx 50 recuou 4,31%. Nos EUA, os índices oscilaram entre quedas e leves recuperações, influenciados por rumores contraditórios sobre uma possível pausa nas tarifas. No Brasil, o Ibovespa fechou em baixa, e o dólar atingiu seu maior valor desde fevereiro, refletindo o temor dos investidores com os impactos de uma guerra comercial ampliada.