O presidente dos Estados Unidos ameaçou impor tarifas adicionais de 50% sobre produtos chineses caso o país não recuasse da decisão de taxar em 34% bens norte-americanos, medida retaliatória ao recente aumento de tarifas pelo governo republicano. O prazo para a retirada das taxas foi estabelecido até esta terça-feira (8), mas a China demonstrou resistência, prometendo contramedidas caso as ameaças se concretizem. Enquanto isso, analistas apontam que o conflito pode abrir espaço para Pequim consolidar sua influência comercial e tecnológica, especialmente na Ásia.
Outras nações, como a União Europeia e o Japão, buscam negociar acordos para evitar escaladas nas tensões comerciais. A UE propôs um acordo de tarifas zero, enquanto o Japão mantém diálogos visando reduções. No entanto, a postura firme do governo norte-americano sugere que as negociações serão desafiadoras. A China, por sua vez, pode se beneficiar do vácuo deixado pelos EUA em certos mercados, fortalecendo sua posição econômica e geopolítica.
Especialistas destacam que o momento é crucial para a China, que pode aproveitar a situação para avançar em setores como tecnologia e comércio exterior, embora enfrente limites em regiões onde a influência dos EUA permanece forte. Publicações internacionais, como a The Economist, sugerem que as políticas comerciais agressivas podem, paradoxalmente, impulsionar o crescimento chinês, redefinindo o equilíbrio de poder global. O cenário atual coloca em xeque não apenas as relações bilaterais, mas também o futuro da economia mundial.