A relação entre China e Estados Unidos atingiu um novo nível de tensão após trocas de críticas e medidas tarifárias. Um alto funcionário chinês em Hong Kong respondeu a comentários do vice-presidente americano, que havia se referido aos chineses como “camponeses”, classificando a declaração como ignorante e desrespeitosa. Em discurso televisionado, o representante chinês afirmou que os EUA deveriam “lamentar diante dos 5.000 anos de civilização chinesa” e criticou as tarifas impostas pelo país como “brutalmente irracionais”.
A guerra tarifária entre as duas economias se intensificou após os EUA anunciarem taxas de até 145% sobre produtos chineses, levando a China a retaliar com medidas semelhantes. Pequim exigiu a eliminação completa das tarifas e pediu que Washington corrija seus “erros”, enquanto o governo chinês afirmou estar preparado para responder com mais medidas caso necessário. Apesar disso, a China deixou aberta a possibilidade de diálogo, desde que baseado em respeito mútuo.
O conflito comercial já impacta empresas de tecnologia e ameaça desestabilizar o comércio global, segundo alerta feito pela China à Organização Mundial do Comércio (OMC). Enquanto os EUA defendem suas tarifas como forma de pressão, a China as rejeita como intimidação, insistindo em uma solução negociada. A situação permanece em impasse, com ambos os lados mantendo posições firmes e sem sinais de recuo imediato.