A China pediu nesta quarta-feira (16) que os Estados Unidos cessem as ameaças e chantagens, após a Casa Branca transferir a Pequim a responsabilidade de iniciar negociações para desacelerar a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. O governo chinês, que impôs tarifas de 125% sobre produtos americanos em resposta aos 145% aplicados pelos EUA, reiterou que não teme um conflito, mas prefere o diálogo baseado em igualdade e respeito mútuo. Apesar das tensões, a economia chinesa cresceu 5,4% no primeiro trimestre, embora especialistas alertem que os efeitos da guerra tarifária, iniciada em abril, ainda não sejam plenamente visíveis.
A estratégia americana incluiu isenções para setores como tecnologia, mas manteve pressão sobre outros produtos, enquanto a China retaliou com medidas como a suspensão de importações de aviões da Boeing e restrições à carne bovina dos EUA. O governo chinês expressou confiança em superar os desafios, mas economistas temem que o impasse possa levar a uma recessão global. Enquanto isso, outros países, como Japão e União Europeia, buscam negociar acordos separados para evitar os impactos das tarifas americanas.
A política comercial dos EUA, que afetou parceiros como Japão, Coreia do Sul e União Europeia, também levou a realocações industriais, como a decisão da Honda de produzir híbridos nos Estados Unidos. A presidente da Comissão Europeia afirmou que o bloco está em posição de força para futuras negociações, enquanto o governo americano estende sua abordagem tarifária a setores como semicondutores e minerais críticos. O cenário permanece incerto, com ambos os lados pressionando por concessões, mas sem sinais claros de um acordo iminente.