O acirramento das tensões comerciais entre Estados Unidos e China impactou os mercados globais, afastando investidores de ativos norte-americanos e pressionando o dólar. O real teve desempenho fraco frente à moeda americana, influenciado por incertezas fiscais locais e pela divulgação do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO). Enquanto isso, medidas restritivas dos EUA contra exportações de chips para a China e a proibição chinesa de jatos da Boeing agravaram as tensões, derrubando bolsas em Nova York.
Apesar do cenário desafiador, a economia global recebeu um alívio com o crescimento do PIB chinês no primeiro trimestre, que superou expectativas ao avançar 5,4%. O dólar enfraqueceu frente a uma cesta de moedas fortes, refletindo também o tom cauteloso do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que alertou para os efeitos persistentes das tarifas comerciais na inflação e no crescimento econômico. Enquanto isso, o franco suíço, considerado um ativo seguro, registrou alta superior a 1%.
No Brasil, o fluxo cambial apresentou saldo negativo na semana anterior, devido à saída líquida de recursos pelo canal financeiro, mas segue positivo em abril graças ao comércio exterior. Dados econômicos dos EUA, como as vendas do varejo em março, indicam resistência da economia, mas as expectativas de inflação e crescimento pioram diante do aumento de tarifas. O discurso de Powell reforçou a preocupação com um possível repique inflacionário, mantendo os investidores em alerta.