Um levantamento realizado por SourceMaterial e The Guardian revelou que grandes empresas de tecnologia estão operando e construindo datacenters em áreas com escassez de água em cinco continentes. Amazon, Google e Microsoft, que têm recebido apoio declarado de figuras políticas como Donald Trump, planejam centenas de novas unidades nos EUA e em outros países, levantando preocupações sobre o impacto ambiental e social nessas regiões já vulneráveis.
Os datacenters consomem quantidades enormes de água para resfriamento, o que pode agravar a crise hídrica em locais onde os recursos naturais são limitados. A expansão dessas infraestruturas, embora essencial para o crescimento da computação em nuvem e serviços digitais, coloca em xeque a sustentabilidade do modelo atual, especialmente em áreas onde comunidades já sofrem com a falta de acesso à água.
Especialistas alertam para a necessidade de maior transparência e adoção de tecnologias mais eficientes, que reduzam o consumo hídrico sem comprometer a capacidade operacional. Enquanto as empresas defendem seus investimentos em energias renováveis e soluções sustentáveis, críticos argumentam que os projetos ainda não são suficientes para mitigar os riscos às populações locais e ao meio ambiente.