As taxas dos Depósitos Interfinanceiros (DIs) fecharam em baixa nesta sexta-feira, interrompendo uma sequência de quatro dias de altas, em um movimento de ajuste por parte dos investidores. Os contratos para janeiro de 2027 caíram para 14,37%, enquanto os de 2028 recuaram 15 pontos-base, para 14,205%. Entre os prazos mais longos, como janeiro de 2031 e 2033, as quedas foram de 18,9 e 22,7 pontos-base, respectivamente, refletindo um alívio após dias de volatilidade.
O cenário global influenciou o mercado brasileiro, com investidores demonstrando maior apetite por risco após uma semana marcada pelas tensões comerciais entre Estados Unidos e China. A China elevou tarifas sobre produtos norte-americanos para 125%, em resposta às medidas do governo dos EUA, aumentando preocupações sobre inflação global e crescimento econômico. Apesar disso, a Casa Branca manteve otimismo em relação a um possível acordo, o que ajudou a acalmar parcialmente os mercados.
No Brasil, os dados econômicos ficaram em segundo plano, mas o IPCA de março mostrou desaceleração maior que a esperada, enquanto a atividade econômica em fevereiro superou projeções, impulsionada pelo agronegócio. Enquanto isso, os Treasuries norte-americanos tiveram alta nos rendimentos, sinalizando cautela dos investidores diante de riscos de recessão nos EUA. A sessão de ajuste das taxas futuras destacou a sensibilidade do mercado às incertezas globais, mesmo com indicadores domésticos positivos.