O governo dos Estados Unidos anunciou a isenção de tarifas para celulares, computadores e outros dispositivos eletrônicos, que estavam previstas nas medidas recíprocas impostas recentemente. A decisão, divulgada pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA, exclui esses produtos das alíquotas de 145% sobre importações chinesas e de 10% para a maioria dos outros países. A medida visa reduzir o impacto nos consumidores americanos e beneficiar grandes empresas do setor, como Apple e Samsung, cujos produtos são majoritariamente fabricados na China.
A suspensão ocorre em meio a uma escalada na guerra comercial entre os EUA e a China, que incluiu a imposição de tarifas sobre diversos produtos asiáticos. Originalmente, as taxas buscavam pressionar a China, principal centro de fabricação de eletrônicos como o iPhone, mas a isenção demonstra preocupação com o aumento de preços para o consumidor final. Além de smartphones e computadores, a medida também abrange componentes como semicondutores, células solares e cartões de memória, itens que não têm produção significativa nos EUA.
Analistas destacam que a decisão pode aliviar temporariamente as tensões, mas a dependência de manufatura estrangeira ainda é um desafio para os EUA. A produção doméstica de eletrônicos exigiria anos de investimento em infraestrutura, e especialistas alertam que produtos como o iPhone poderiam se tornar até três vezes mais caros se fabricados localmente. A medida reflete o delicado equilíbrio entre políticas protecionistas e os interesses do mercado global.