O governo dos EUA anunciou a isenção de smartphones, laptops e outros eletrônicos das tarifas recíprocas aplicadas a mais de 180 países, incluindo a China. A medida trouxe alívio ao mercado financeiro, impulsionando bolsas asiáticas, europeias e até o Ibovespa no Brasil. No entanto, o presidente norte-americano negou que os produtos estivessem sendo totalmente liberados das tarifas, afirmando que seriam apenas transferidos para uma nova categoria de cobrança, sujeitos a futuras investigações de segurança nacional.
O Secretário de Comércio dos EUA destacou que a isenção seria temporária, com planos de incentivar a produção doméstica de semicondutores, farmacêuticos e eletrônicos. Empresas como Apple, Nvidia e Dell foram beneficiadas pela decisão inicial, já que dependem de componentes fabricados no exterior, especialmente na China. Apesar disso, o governo reforçou que as tarifas sobre produtos chineses, como os 25% sobre fentanil, permaneceriam em vigor.
Os investidores interpretaram a medida como um sinal de abertura para negociações, principalmente com a China, mas as declarações contraditórias geraram incertezas. Enquanto o mercado comemorou a decisão inicial, as advertências sobre futuras tarifas e a ênfase na produção local mantêm o cenário sob tensão. O próximo capítulo dessa disputa comercial deve se desenrolar nos próximos meses, com novas investigações e possíveis ajustes nas alíquotas.