A China começou a aplicar nesta quinta-feira (10) tarifas de 84% sobre produtos importados dos Estados Unidos, em retaliação às medidas anunciadas pelo governo norte-americano. A decisão ocorre após o aumento das taxas sobre produtos chineses para 125%, anunciado pelo líder dos EUA durante a madrugada no país asiático. O conflito comercial, iniciado com a imposição de tarifas recíprocas, já passou por várias etapas, incluindo aumentos graduais das alíquotas por ambos os lados.
Enquanto a tensão com a China se intensifica, os EUA reduziram temporariamente para 10% as tarifas aplicadas a outros países, em uma “pausa” de 90 dias. A medida foi interpretada como uma tentativa de aliviar a pressão sobre os mercados globais, que haviam sofrido fortes quedas na semana anterior. Bolsas norte-americanas reagiram positivamente, com índices como o Nasdaq registrando o maior avanço diário desde 2001.
O impacto da guerra comercial também foi sentido no Brasil, onde o dólar caiu e o Ibovespa subiu após o anúncio da redução temporária das tarifas. Apesar disso, a disputa entre as duas maiores economias do mundo continua sem solução, com ambos os lados mantendo posições firmes. Analistas destacam que a estratégia de negociação pode prolongar a incerteza nos mercados internacionais.