As tarifas impostas pelo governo dos EUA têm gerado reações significativas entre consumidores e empresas na Europa e no Canadá. Campanhas de boicote a produtos americanos ganham força, com iniciativas como a rotulagem de itens europeus em supermercados e a promoção de alternativas locais. Na Noruega, uma empresa deixou de fornecer combustível para navios da Marinha dos EUA, enquanto na Dinamarca, redes varejistas destacam produtos regionais para incentivar compras domésticas. Redes sociais também são palco de mobilizações, com grupos que reúnem centenas de milhares de membros defendendo o consumo de marcas europeias e canadenses.
No Canadá, o clima anti-Trump fortaleceu o Partido Liberal, que lidera as intenções de voto para as eleições de abril. Governos provinciais cancelaram contratos com empresas americanas e promoveram campanhas como “Buy Canadian”, incentivando o consumo de produtos nacionais. Aplicativos e sites foram criados para ajudar consumidores a identificar e evitar artigos dos EUA, refletindo um sentimento patriótico crescente. Enquanto isso, a Tesla, associada a uma figura próxima ao governo americano, registrou quedas expressivas nas vendas, especialmente na Europa, onde fabricantes locais dominam o mercado de veículos elétricos.
Especialistas comparam a atual reação às tarifas com episódios históricos de resistência cultural, como o rebatismo de “french fries” para “freedom fries” durante a guerra do Iraque. Líderes empresariais, como o CEO de uma grande empresa japonesa, já preveem impactos duradouros na reputação de marcas americanas no exterior. Embora parte das tarifas tenha sido suspensa ou reduzida, o movimento de boicote e preferência por produtos locais parece consolidado, pressionando empresas e governos a repensarem suas estratégias comerciais.