As tarifas impostas pelo governo dos EUA geraram reações significativas na Europa e no Canadá, com consumidores e empresas adotando medidas para reduzir a compra de produtos americanos. Campanhas como “Compre Local” ganharam força, especialmente nas redes sociais, onde grupos organizam boicotes e incentivam a substituição por alternativas regionais. Supermercados e varejistas europeus, como o dinamarquês Salling Group, estão destacando produtos locais, enquanto empresas como a norueguesa Haltbakk Bunkers cortaram fornecimento para a Marinha dos EUA.
No Canadá, o clima anti-Trump fortaleceu o Partido Liberal e levou a iniciativas como o cancelamento de contratos com empresas americanas e a promoção de campanhas como “Buy Canadian”. Governos provinciais e entidades privadas estão retirando produtos dos EUA das prateleiras, enquanto aplicativos ajudam consumidores a identificar alternativas locais. A marca Tesla, associada a um dos principais apoiadores da política tarifária, registrou quedas significativas nas vendas, especialmente na Europa, onde fabricantes locais como a Volkswagen assumiram a liderança no mercado de veículos elétricos.
Especialistas comparam o movimento atual a episódios históricos de rejeição a produtos americanos, como o caso das “freedom fries” em 2003. Apesar da suspensão temporária de parte das tarifas, a percepção negativa persiste, com impactos potencialmente duradouros na reputação das empresas dos EUA. Em um mercado global competitivo, a escolha dos consumidores pode definir o futuro das relações comerciais pós-tarifas.