O presidente Donald Trump defende sua política de tarifas elevadas como um caminho para reviver a indústria manufatureira nos EUA, prometendo uma “nova era dourada” para o país. No entanto, especialistas e representantes do setor questionam a eficácia da medida, apontando desafios como cadeias de suprimentos globais, custos elevados e a dificuldade de realocar produção para os EUA em curto prazo. A incerteza sobre a permanência das tarifas também desanima investimentos, enquanto o mercado global reage com volatilidade às decisões americanas.
Apesar do otimismo da Casa Branca, que cita avanços tecnológicos como robótica e inteligência artificial para justificar a viabilidade da reindustrialização, economistas alertam que os benefícios podem demorar a aparecer. Enquanto isso, consumidores e empresas já sentem o impacto imediato das tarifas, com aumentos nos preços de produtos importados e riscos para cadeias de suprimentos. Algumas companhias, como a Tesla, buscam isenções para componentes essenciais que não são produzidos domesticamente, destacando a complexidade da transição.
A estratégia de Trump, que inclui cortes de impostos e desregulamentação, enfrenta ceticismo quanto ao seu potencial de gerar crescimento sustentável. Com eleições legislativas em 2026 e presidenciais em 2028, a pressão por resultados tangíveis aumenta. Enquanto parte do setor vê oportunidades a longo prazo, a falta de mão de obra qualificada e as restrições à imigração podem limitar a expansão da manufatura, deixando a promessa de um “boom econômico” ainda em dúvida.