Apesar do aumento das tarifas impostas pelo governo dos EUA, a carne bovina brasileira mantém sua competitividade no mercado americano, segundo analistas e associações do setor. As taxas totais subiram para 36,4%, mas os preços do gado nos EUA, que dobraram em relação aos do Brasil devido a estoques historicamente baixos, compensam o impacto. No primeiro trimestre, as vendas para os EUA cresceram 67% em valor, atingindo US$ 557,15 milhões, com expectativa de aumento de 14% nas exportações em 2024.
A demanda americana está tão forte que o Brasil esgotou uma cota anual livre de tarifas de 65.000 toneladas em apenas 14 dias, um recorde. Além disso, a disponibilidade de gado em estados como Mato Grosso permite aos produtores brasileiros ampliar a oferta. Enquanto isso, o preço médio da carne exportada para os EUA subiu de US$ 2.943 para US$ 3.384 por tonelada, reforçando a vantagem econômica do produto brasileiro.
O Brasil, responsável por mais de 30% do comércio global de carne bovina, também está bem posicionado para aumentar as vendas para a China, que recentemente reduziu importações dos EUA. Atualmente, a China é o maior comprador da carne brasileira, seguida pelos EUA, que representaram 17% das exportações no primeiro trimestre. O cenário sugere que, mesmo com barreiras comerciais, a produção nacional continua atraente nos mercados internacionais.