O governo dos Estados Unidos, sob a liderança do presidente Donald Trump, implementou novas tarifas de importação que afetam mais de 180 países e regiões, incluindo o Brasil, com alíquotas de pelo menos 10%. A medida, anunciada como uma forma de fortalecer a economia americana e reduzir o déficit comercial, já levou mais de 50 nações a buscarem negociações com a Casa Branca. Kevin Hassett, diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, confirmou o interesse global em revisar as taxas, mas não detalhou quais países procuraram o governo americano.
Entre os principais argumentos a favor das tarifas estão o estímulo à indústria nacional, a redução do déficit comercial e o potencial aumento da arrecadação. No entanto, especialistas alertam para riscos como pressão inflacionária, desaquecimento econômico e possível elevação de juros nos EUA, o que poderia impactar outras economias, incluindo a do Brasil. A exclusão da Rússia da lista de tarifas, segundo Hassett, foi uma decisão estratégica para não prejudicar negociações diplomáticas em curso.
A medida, batizada de “Dia da Libertação” por Trump, enfrenta críticas de analistas que veem efeitos negativos para a economia global. No dia seguinte ao anúncio, mercados financeiros ao redor do mundo reagiram com quedas, refletindo a incerteza gerada pelas novas tarifas. Enquanto isso, autoridades americanas, como o secretário do Tesouro, Scott Bessent, minimizaram os temores de recessão, destacando a resiliência da economia dos EUA.