As novas tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos devem aumentar significativamente os preços de produtos eletrônicos no mercado americano, incluindo modelos de iPhone e Apple Watch, itens populares entre turistas brasileiros. De acordo com analistas do UBS Wealth Management, os preços podem subir entre 5% e 29%, dependendo do local de montagem. Por exemplo, o iPhone 16 Pro Max montado na China pode ficar 29% mais caro, enquanto o Apple Watch Ultra 2, produzido no Vietnã, teria um aumento de 19%. Servidores e outros dispositivos com inteligência artificial também serão impactados, com possíveis altas de até 27%.
A medida gera incertezas no mercado, especialmente sobre como os custos adicionais serão repassados aos consumidores e fornecedores. Além disso, há confusão em relação a isenções, como no caso de semicondutores, que são essenciais para a produção de eletrônicos. Os analistas alertam que os lucros das empresas de tecnologia podem cair entre 20% e 25% se as tarifas forem mantidas a longo prazo, ou entre 3% e 5% em um cenário mais curto. A volatilidade no setor já é evidente, com o Nasdaq registrando queda de 15% nos últimos 30 dias e 20% em 2025.
O ambiente econômico global também preocupa, com temores de recessão e desvalorização de ações em vários mercados. Analistas recomendam que empresas de tecnologia adotem estratégias para preservar capital, dada a expectativa de maior instabilidade. Eles destacam a necessidade de acompanhar atualizações macroeconômicas e corporativas nas próximas semanas, enquanto o setor se adapta aos novos desafios impostos pelas tarifas.