A recente imposição de tarifas sobre produtos importados pelo governo dos EUA impactou significativamente as ações de empresas de inteligência artificial (IA), sinalizando riscos para o setor. Analistas destacam que os custos já elevados da construção de datacenters—essenciais para o treinamento de modelos de IA—aumentarão ainda mais, já que servidores, equipamentos de refrigeração e infraestrutura energética são majoritariamente importados. Embora chips individuais estejam isentos, a maioria chega aos EUA já integrada em servidores, sujeitos às tarifas. Um alívio parcial veio com a informação de que servidores da Nvidia, montados no México, escapariam dos impostos graças a acordos comerciais.
Especialistas alertam que os custos adicionais podem levar empresas a construir datacenters no exterior, onde a energia é mais barata, colocando os EUA em desvantagem na corrida pela liderança em IA—um objetivo estratégico do governo. Além disso, a incerteza sobre mudanças futuras nas tarifas dificulta o planejamento de longo prazo. Há ainda preocupações macroeconômicas, como uma possível recessão que reduziria investimentos em tecnologia, agravando os desafios para o setor.
Apesar do aumento nos custos de infraestrutura, o preço do uso de IA para consumidores deve continuar caindo devido a avanços em algoritmos, hardware e competição no mercado. Pesquisas indicam que a eficiência tecnológica reduz os custos em cerca de 40 vezes ao ano, compensando parcialmente os impactos das tarifas. Assim, embora a medida represente um obstáculo, a tendência de barateamento do acesso à IA deve se manter.