As tarifas de 104% impostas pelos Estados Unidos sobre importações chinesas entraram em vigor nesta quarta-feira (9), aprofundando a guerra comercial entre as duas maiores economias do mundo. A medida foi uma resposta à recusa da China em retirar suas tarifas retaliatórias de 34%, anunciadas após os EUA elevarem suas taxas para 54% no mês passado. O governo chinês classificou a ação norte-americana como “chantagem” e prometeu defender seus interesses, enquanto o governo dos EUA afirmou que aguarda um acordo, mas sob suas condições.
Além da China, dezenas de outros países também foram afetados pelas novas tarifas, levando cerca de 70 nações a buscarem negociações com Washington para reduzir os impactos. A China já havia apresentado uma queixa formal à Organização Mundial do Comércio (OMC), acusando os EUA de violarem as regras do comércio internacional. O impasse entre as potências gerou instabilidade nos mercados globais, com quedas significativas nos principais índices norte-americanos e alta do dólar no Brasil.
O conflito comercial reflete a escalada de tensões entre os dois países, que movimentaram US$ 439 bilhões em importações apenas em 2024. Enquanto os EUA insistem em sua política protecionista, a China se mantém firme em sua posição, indicando que a disputa pode se prolongar e afetar ainda mais a economia global. O desfecho dessa crise dependerá das próximas negociações e da disposição de ambas as partes em ceder.