O presidente dos Estados Unidos anunciou, em sua rede social Truth Social, a implementação de tarifas sobre importações de mais de 180 países, incluindo China, União Europeia, Coreia do Sul e Japão. As alíquotas variam de 10% a 34%, com o objetivo declarado de reduzir o déficit comercial e fortalecer a indústria nacional. O líder afirmou que a medida já está trazendo bilhões de dólares em receita e a descreveu como “uma coisa linda”, embora especialistas alertem para possíveis efeitos negativos.
Os mercados globais reagiram com quedas significativas, como a bolsa japonesa, que abriu com queda de 8,3%, e as bolsas da Coreia do Sul e Austrália, que também registraram perdas. A medida inclui tarifas de 10% sobre produtos brasileiros, além de afetar parceiros comerciais como México e Canadá. O governo defende a estratégia como uma forma de barganhar interesses dos EUA, como segurança nas fronteiras, mas a adoção de tarifas é vista com ceticismo por analistas, que temem impactos negativos tanto para a economia americana quanto para o comércio global.
Enquanto o governo celebra a medida como uma “declaração de independência econômica”, críticos argumentam que as tarifas podem desencadear retaliações e prejudicar cadeias produtivas. Apesar da expectativa de aumento na arrecadação, o resultado final dependerá de fatores como a reação dos outros países e o comportamento do mercado. O debate sobre os efeitos da política comercial continua, com divergências entre defensores do protecionismo e especialistas que alertam para riscos de desequilíbrios econômicos.