Nos últimos anos, o sistema de saúde dos EUA enfrenta pressões crescentes, incluindo escassez de profissionais, desafios financeiros e operacionais que levaram ao fechamento de unidades e à redução de serviços essenciais, como emergências e cuidados obstétricos. Grandes redes hospitalares, como Mass General Brigham e Yale New Haven Health, registraram déficits significativos em 2024, resultando em demissões e cortes. Além disso, um relatório recente alerta que 432 hospitais rurais correm risco de fechar em 2025, agravando a fragilidade do sistema.
Agora, um novo obstáculo surge: o aumento de tarifas de importação anunciado pelo governo americano. Medicamentos, luvas, máscaras e equipamentos hospitalares essenciais—grande parte produzidos na China, Índia e Malásia—ficarão mais caros, elevando custos para hospitais e pacientes. Estudos indicam que mais de 30% dos insumos farmacêuticos ativos (APIs) usados nos EUA são importados, e equipamentos como respiradores e scanners de imagem dependem de peças estrangeiras. O impacto pode ser devastador, com aumentos de 20% a 30% nos preços, prejudicando diagnósticos e tratamentos.
Líderes precisam agir para evitar o colapso do sistema. Embora seja crucial reconstruir a cadeia produtiva nacional de medicamentos e equipamentos, isso demanda tempo. Enquanto isso, a cooperação internacional deve ser mantida para garantir acesso a produtos escassos. Reduzir tarifas sobre suprimentos médicos é urgente, pois os custos adicionais são insustentáveis para hospitais e pacientes, que já enfrentam dificuldades para pagar por tratamentos essenciais.