A partir das 1h deste sábado (5.abr.2025), os Estados Unidos passaram a cobrar uma tarifa de 10% sobre produtos brasileiros importados, medida anunciada pelo governo norte-americano três dias antes. A taxa não é cumulativa, ou seja, não se soma a outras já existentes, como os 25% sobre aço e alumínio. Embora o percentual para o Brasil seja menor que o aplicado a China (34%) e União Europeia (20%), a medida deve encarecer as exportações nacionais, já que os EUA são o segundo maior destino dos produtos brasileiros.
Economistas avaliam que a tarifa pode trazer vantagens competitivas ao Brasil, especialmente para setores como o agronegócio, além de atrair investimentos chineses em infraestrutura na América Latina. No entanto, riscos persistem, como o impacto negativo em produtos específicos e a possível retaliação de outros países. Enquanto isso, o governo brasileiro criticou a medida, classificando-a como protecionista e contrária aos acordos da Organização Mundial do Comércio (OMC).
Os mercados já reagiram às tensões comerciais, com quedas nas bolsas globais e volatilidade no câmbio. O dólar, após uma desvalorização inicial, subiu 3,7% na sexta-feira (4.abr) devido à retaliação chinesa. Estudos apontam que as tarifas podem reduzir as exportações brasileiras em até US$ 1,5 bilhão, com impactos significativos em setores como aço e alumínio, principais produtos afetados pela medida.