A Voepass completa um mês com operações suspensas nesta sexta-feira (11), enquanto a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) avalia se revoga ou mantém a medida. A decisão foi tomada em 11 de março, após auditorias identificarem falhas nos sistemas de gestão de segurança da companhia, que atendia 16 destinos. A Anac afirmou que só permitirá a retomada dos voos após a correção total das irregularidades, e a Voepass declarou estar trabalhando para resolver os problemas e demonstrar conformidade com os requisitos de segurança.
Enquanto isso, a Latam assumiu a responsabilidade pelos passageiros afetados, oferecendo reembolsos ou remarcações em seus próprios voos para 85% dos 106 mil clientes. Os 15% restantes estão em processo de resolução. A Anac também manteve os slots da Voepass nos aeroportos de Guarulhos e Congonhas, em São Paulo, mas destacou que a empresa ainda precisará cumprir critérios de regularidade para conservá-los no futuro.
A suspensão ocorreu após uma fiscalização que identificou irregularidades na companhia, agravada pelo acidente aéreo de agosto de 2024, que deixou 62 mortos em Vinhedo (SP). Paralelamente, uma disputa judicial envolvendo um contrato de codeshare entre Voepass e Latam, no valor de R$ 34,7 milhões, segue em arbitragem. A Voepass, que transportou mais de 2,7 milhões de passageiros nos últimos três anos, reforçou seu compromisso com a aviação regional e a livre concorrência no setor.