A Voepass completa um mês com operações suspensas nesta sexta-feira (11), após a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) identificar falhas de segurança e determinar a correção das irregularidades. A companhia, que atendia 16 destinos, enviou informações iniciais à Anac, mas a agência ainda avalia se as medidas atendem aos requisitos para a retomada dos voos. Enquanto isso, a Voepass afirma trabalhar internamente para comprovar sua capacidade de garantir os padrões de segurança exigidos.
A Latam, que possui acordo de codeshare com a Voepass, assumiu a demanda dos passageiros afetados, oferecendo reacomodação ou reembolso para 85% dos 106 mil clientes. Os slots da Voepass nos aeroportos de Guarulhos e Congonhas foram mantidos pela Anac, mas a empresa ainda precisa cumprir critérios de regularidade para evitar a perda desses espaços no futuro. A decisão ocorre em meio a uma crise agravada após um acidente aéreo em 2024, que levou a auditorias e à descoberta das não conformidades.
A suspensão também envolve disputas judiciais, como a decisão liminar do Tribunal de Justiça de São Paulo que suspendeu o pagamento de R$ 34,7 milhões pela Latam à Voepass, referente ao contrato de codeshare. A Voepass destacou seu papel no desenvolvimento da aviação regional, transportando mais de 2,7 milhões de passageiros nos últimos três anos, e reforçou a importância da livre concorrência para o setor. O caso segue em análise, com a Anac mantendo a suspensão até que todas as falhas sejam resolvidas.