O número de casos de sarampo nos Estados Unidos aumentou significativamente nas últimas semanas, chegando a 607 registros em 2024, segundo dados do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). Duas mortes de crianças foram confirmadas no Texas, sendo a mais recente uma menina de 8 anos que faleceu por insuficiência pulmonar causada pela doença. Autoridades de saúde destacam que 97% dos casos envolvem pessoas não vacinadas ou com status vacinal desconhecido, alertando para os riscos da hesitação em relação à imunização.
O secretário de saúde dos EUA planeja visitar o Texas após os recentes óbitos, enquanto surtos também são registrados em outros estados, como Novo México, Oklahoma e Colorado. Especialistas em saúde pediátrica reforçam a importância da vacinação, já que suplementos como vitamina A, frequentemente recomendados por críticos das vacinas, não previnem a doença. O Texas relatou um aumento de 15% nos casos em apenas três dias, totalizando 481 infecções desde janeiro.
O ressurgimento do sarampo nos EUA contrasta com a situação no Brasil, que recentemente recuperou o certificado de país livre da doença. Enquanto isso, autoridades americanas enfrentam desafios para conter a disseminação, especialmente em comunidades com baixa cobertura vacinal. O debate sobre a escolha individual versus a responsabilidade coletiva na imunização continua a dividir opiniões, com médicos enfatizando os perigos da desinformação.