A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) tornou réus 14 acusados de participação em uma suposta tentativa de ruptura democrática em 2022. Os investigados estão divididos em dois núcleos: um considerado central na organização das ações e outro responsável pelo gerenciamento operacional. A denúncia do núcleo principal foi aceita no fim de março, enquanto a do núcleo operacional foi aprovada nesta terça-feira (22), avançando os processos penais na Corte.
Segundo a Procuradoria-Geral da República (PGR), as investigações apontam para uma estrutura organizada que teria atuado para desacreditar o sistema eleitoral e planejado medidas excepcionais para manter o poder. Entre as alegações, estão a elaboração de documentos com fundamentos para intervir no processo democrático e a suposta coordenação de ações para obstruir o voto em determinadas regiões. A PGR também mencionou a existência de um plano envolvendo violência contra autoridades, embora os detalhes ainda estejam em fase de apuração.
Os próximos passos incluem a citação dos acusados para apresentação de defesa e o início da fase de instrução processual, com coleta de provas e depoimentos. Enquanto isso, os núcleos restantes aguardam análise pelo STF. O caso segue sob sigilo parcial, com medidas para preservar a imparcialidade e a segurança das testemunhas. A tramitação deve ser acompanhada de perto, dada a complexidade e o impacto político-jurídico envolvido.